23 de outubro de 2009

UM MOMENTO

ETERNIZA
INSPIRA
SOPRA.
SENTE A BRISA MOLDANDO OS CONTORNOS
DO SER.
HUMANO EU SOU
LIVRE
ARBITRIO MINHA VIDA.
ACREDITO NISSO, E ASSIM SOU.
ESCOLHO, ESCOLHO.
MUDO, MUDO.
ETERNO
AGORA
SEM FUTURO.

num humano magnetico amarelo

ATRAIO

ATRAIO
TRAIO
O ACASO.
UM CASO
DE SINCRONIAS
QUEBRAM CONCEITOS
NÃO CONCEITUADOS E ACEITOS.

MINTO
PRA MENTE
QUE ME REVELA A VERDADE
DAQUILO QUE SE REVELA À MINHA FRENTE.

SOU
UM SER
HABITUADO
A SER VISTO PELOS OUTROS
COMO
CONTRÁRIO À ELES
SÃO ELES PRÓPRIOS.

num humano magnetico amarelo

13 de outubro de 2009

AROGA

Atrás, o caminho impossível pisca, querendo distrair-nos do caminhar enriquecido do sabor penetrante, do antes e do depois viciados em desejos. Assim, seguimos a trilha com vislumbres em lampejos, se encontrando e se esquecendo. Para trás, para frente, caminho fácil ou impossível: indiferente.
Em um certo momento, algo tenta distrair-me, no entanto, isso não é relevante: o ardente desejo de permanecer neste lugar é realmente forte. E mesmo com isso, senti vontade de ir além do que não conheço, do meu próprio abismo, meu próximo muro...mas uma folha cai, uma nuvem passa, o sorriso fica...sinais? Fecho as janelas que ficaram para trás e sou o momento. Perco desejo, perco vontade, além, não mais existe, tornei-me abismo e muro.Dentre as possibilidades que me cercam, só experimento o agora puro. Sim, qual a importância do muro e do abismo? Qual a diferença do mais e do menos?...na nossa existência não existe o grande e o pequeno. Portanto, eu sou meio.

SOIS HUMANO NOITE

numa tormenta auto-existente azul

8 de outubro de 2009

cultura

Venho questionando-me sobre o assunto. Estamos muito presos ao nosso universo, o universo da cultura que vivemos. A cultura que é a família, a cidade, o país e o momento. Nascemos com uma barreira em torno de nós. Para podermos olhar para outras culturas, e para estudá-las, principalmente, temos que, primeiramente, libertar-nos dessas correntes de pensamentos e ideologias que nos cercam. Ir até o nosso ser, a essência, que é a mesma em todos nós, como humanos e como natureza do planeta terra. Somos corpo, possuímos os mesmos órgãos, e temos, como diferenciação, pontos de interesses difusos, o que faz sermos muitos, num universo de espelhos que refletem no outro o que somos e o que escondemos ser. A questão é o limite que iremos para fazer tal desculturação, se isso é possível.
Se a cultura ao longo do tempo modifica-se, será que temos uma cultura? Ao longo do nosso tempo encarnado, passamos por diversas experimentações e vivências, as quais são absorvidas por nós, e, inconscientemente, nós já somos elas. Por isso, a memória é muito importante dentro da cultura. A memória de quem eramos, o que vivemos, como agimos e de lembrar-mo-nos que temos uma cultura e não ficarmos sem chão.
Para estudarmos outros povos, precisamos, primeiramente, desconstruirmos qualquer tipo de pre-conceito e a visão pronta que temos sobre tudo. Precisamo abrir nossos horizontes para o desconhecido, e não se preocupar em ter respostas a tudo, pelo contrário, fazermos cada vez mais perguntas. Quando que tudo começou a ser dividido? Se nós, como humanos, somos 'humanos' como raça, por que não aceitamos facilmente que alguém use uma roupa um pouco diferente da maioria? E, por que diferente?
Em que momento são criados certos tipos de condicionamentos que já estão presentes em nós?
A partir dessas e outras questões infinitas, podemos ir conhecendo o nosso ser mais interno, a voz que nos guia intuitivamente a partir de vivências embutidas dentro de um ser dentro de nós que dificilmente lembramos como chegar nele. Ele é a essência, a união entre a raça humana. Um centro-foco comum entre todos, por mais que alguns nem tenham pensado em acessá-lo ainda, e nem lembrem que ele existe.
Então, para essas pessoas que não lembram desse centro, a realidade delas é não ter esse centro (elas não pensam assim, é claro). Para elas é real a vida que vivem, e o que é real? Um modo de vida, uma cultura, é real quando acreditamos naquilo que vivemos. Dessa maneira, estarão elas criando suas realidade sim.
Isso é cultura? Cultura é uma identidade. E, criar uma realidade pessoal, é criar uma identidade com esse real e consigo mesmo. Mas a cultura existe individualmente? E, existe um ser humano individual?? Como poderia alguém viver sem a necessidade de se relacionar com outro tipo de vida, sem respirar, por exemplo? Portanto, estamos interligados sempre nessa teia, porque ainda precisamos respirar o mesmo ar que paira nesse planeta, e, a partir da nossa inspiração e expiração, absorvemos muitos ar já respirados por diversas culturas. Assim, absorvemos todas as vidas que respiram, e somos todos um.

num espelho cósmico branco

7 de outubro de 2009

é bom

cheguei a luz

que


é bom o outro agir de modo diferente, de maneiras que não esperamos.

é bom quebrar conceitos
criados por nós próprios e mostrados pelo outro.

é bom mudar.
e ser o que se é
sem vergonha de assumir
o sol de dentro





num macaco cristal azul