Venho questionando-me sobre o assunto. Estamos muito presos ao nosso universo, o universo da cultura que vivemos. A cultura que é a família, a cidade, o país e o momento. Nascemos com uma barreira em torno de nós. Para podermos olhar para outras culturas, e para estudá-las, principalmente, temos que, primeiramente, libertar-nos dessas correntes de pensamentos e ideologias que nos cercam. Ir até o nosso ser, a essência, que é a mesma em todos nós, como humanos e como natureza do planeta terra. Somos corpo, possuímos os mesmos órgãos, e temos, como diferenciação, pontos de interesses difusos, o que faz sermos muitos, num universo de espelhos que refletem no outro o que somos e o que escondemos ser. A questão é o limite que iremos para fazer tal desculturação, se isso é possível.
Se a cultura ao longo do tempo modifica-se, será que temos uma cultura? Ao longo do nosso tempo encarnado, passamos por diversas experimentações e vivências, as quais são absorvidas por nós, e, inconscientemente, nós já somos elas. Por isso, a memória é muito importante dentro da cultura. A memória de quem eramos, o que vivemos, como agimos e de lembrar-mo-nos que temos uma cultura e não ficarmos sem chão.
Para estudarmos outros povos, precisamos, primeiramente, desconstruirmos qualquer tipo de pre-conceito e a visão pronta que temos sobre tudo. Precisamo abrir nossos horizontes para o desconhecido, e não se preocupar em ter respostas a tudo, pelo contrário, fazermos cada vez mais perguntas. Quando que tudo começou a ser dividido? Se nós, como humanos, somos 'humanos' como raça, por que não aceitamos facilmente que alguém use uma roupa um pouco diferente da maioria? E, por que diferente?
Em que momento são criados certos tipos de condicionamentos que já estão presentes em nós?
A partir dessas e outras questões infinitas, podemos ir conhecendo o nosso ser mais interno, a voz que nos guia intuitivamente a partir de vivências embutidas dentro de um ser dentro de nós que dificilmente lembramos como chegar nele. Ele é a essência, a união entre a raça humana. Um centro-foco comum entre todos, por mais que alguns nem tenham pensado em acessá-lo ainda, e nem lembrem que ele existe.
Então, para essas pessoas que não lembram desse centro, a realidade delas é não ter esse centro (elas não pensam assim, é claro). Para elas é real a vida que vivem, e o que é real? Um modo de vida, uma cultura, é real quando acreditamos naquilo que vivemos. Dessa maneira, estarão elas criando suas realidade sim.
Isso é cultura? Cultura é uma identidade. E, criar uma realidade pessoal, é criar uma identidade com esse real e consigo mesmo. Mas a cultura existe individualmente? E, existe um ser humano individual?? Como poderia alguém viver sem a necessidade de se relacionar com outro tipo de vida, sem respirar, por exemplo? Portanto, estamos interligados sempre nessa teia, porque ainda precisamos respirar o mesmo ar que paira nesse planeta, e, a partir da nossa inspiração e expiração, absorvemos muitos ar já respirados por diversas culturas. Assim, absorvemos todas as vidas que respiram, e somos todos um.
num espelho cósmico branco
boa, xkira... lembrei dum vídeo vô postá!
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