Atrás, o caminho impossível pisca, querendo distrair-nos do caminhar enriquecido do sabor penetrante, do antes e do depois viciados em desejos. Assim, seguimos a trilha com vislumbres em lampejos, se encontrando e se esquecendo. Para trás, para frente, caminho fácil ou impossível: indiferente.
Em um certo momento, algo tenta distrair-me, no entanto, isso não é relevante: o ardente desejo de permanecer neste lugar é realmente forte. E mesmo com isso, senti vontade de ir além do que não conheço, do meu próprio abismo, meu próximo muro...mas uma folha cai, uma nuvem passa, o sorriso fica...sinais? Fecho as janelas que ficaram para trás e sou o momento. Perco desejo, perco vontade, além, não mais existe, tornei-me abismo e muro.Dentre as possibilidades que me cercam, só experimento o agora puro. Sim, qual a importância do muro e do abismo? Qual a diferença do mais e do menos?...na nossa existência não existe o grande e o pequeno. Portanto, eu sou meio.
SOIS HUMANO NOITE
numa tormenta auto-existente azul
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