O universo dentro de outro, é isso que é nossa casa. Cada família com seus modos de viver, agir, conviver e até mesmo de sentir. Com muita particularidade são formadas as famílias e os grupos humanos. O que une todos eles? parece que estamos todos separados, longes, pois não nos vemos durante um tempo e, de repente, nos encontramos na entrada de um concerto, teatro, na rua, numa praça ou em algum local inimaginável. O que fez nós estarem naquele lugar e naquele momento perfeito? A atração que temos um com o outro mesmo sem sabermos. Ela é invisível e influenciável, do mesmo modo ela funciona para atrair planetas, sistemas solares e universos. Por isso pode-se relativizar a distância, pois ela é construída cultural e invisivelmente. Essa força, portanto é distante mas está presente aqui agora dentro de nós. É assim que a cultura age, na nossa forma de enxergar o mundo e todos os seus detalhes. Além da cultura e educação de cada ser, uma personalidade e uma maneira própria de ver as coisas está presente em cada um, e muitas vezes a cultura, diluída em nossa maneira de ser, faz com que apaguemos o nosso brilho pessoal pois limita a criatividade e a visão de mundo. Nós nascemos dentro de um horizonte de possibilidades, o qual chamamos de bairro, cidade, país. Ele tem parece ter vida própria, no entanto, foi criado pela maneira de ser dos humanos que nele vivem, e foi tomando um movimento cíclico e repetitivo, parecendo, muitas vezes, ter essa própria vida. Fora desse campo de possibilidades nossa capacidade de enxergar e compreender outros campos de possibilidades é extremamente limitada, e por isso usamos a criatividade e imaginação, para tentarmos dar forma ao desconhecido. Isso é algo extremamente complexo, como ver uma cor nunca vista antes ou ouvir um som nunca ouvido. Mas a complexidade de ser humano é muito mais complexa de ser compreendida, se for possível compreendê-la. Existem muitas coisas que nunca conheceremos porque são infinitas possibilidades de experiência e contatos que temos a chance de viver, sentir e ver. Dentro delas, a principal é a morte. Todos irão vive-la (ou morrê-la hihi) no entanto, não poderemos passar adiante a nossa experiência ao morrer. Por isso, existem muitas ações, sentimentos, sensações que farão parte apenas do nosso caminhar, nas quais tentar descrevê-las aos outros tirará toda graça da sua existência, pois aquele momento é único e intransferível.
É essa lei, é essa a atração, estarmos sempre no lugar certo e no momento certo: agora. Compreender o nosso campo de possibilidades é muito importante para podermos atravessá-lo e acessar outros modos de vida e cultura, transcendendo nossos limites como humanos e viventes da terceira dimensão.
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